sábado, 13 de agosto de 2011

OS NOVE FILHOS DE OYÁ




OYA teve nove filhos, uns dizem que foi com ÒGÚN, outros que foi com SÀNGÓ , oito nasceram mudos e o último nasceu um ÉGÚN e graças aos sacrifícios recomendados por IFÀ, nasceu com o poder de falar com voz estranha e sobrenatural, chamada SEGI , que imita a voz do macaco africano chamado IJIMARÈ, macaco que é consagrado aos ÉRÉS.

- 1 - IMALEGÃ - Nasceu no primeiro dia do EBOYKÙ, arrancado do ventre de OYA pelas ÌYÁMI, e foi envolvido em abanos;

- 2 - IORUGÃ - Foi envolvido na palha seca e alimentado com talos de bananeira. Nasceu com avaidade de OYA e é o preferido;

- 3 - AKUGÃ - Nasceu no terceiro dia da tempestade e foi criado nas touceiras de bambu. É rebelde. Não se deve tocar o chão do bambuzal;

- 4 - URUGÃ - Alimenta-se das folhas da bananeira e esconde-se nas florestas. Faz buracos;

- 5 -OMORUGÃ - Alimenta-se do pó do bambu que está caído no chão. Vive no milharal e fica escondido nos bambuzais observando os seres humanos;

- 6 - DEMÓ - OYA cobriu-o de lama para saber os segredos de seus inimigos. Usa pele de búfalo para acompanhar ÒSÓÒSÌ;

- 7 - REIGÁ - Acompanha os mortos e ronda os cemitérios. Esconde-se nas grandes árvores dos cemitérios e ronda as sepulturas a procura de objetos perdidos ou esquecidos pelas pessoas;

- 8 - HEIGÁ - É violento e vive perseguindo o ORI do ser humano. Propicia desastres e desordens;

- 9 - EGUN EGUN - Filho de SÀNGÓ. OYA preparou-o para combater. Êle se apossa do ser humano, fazendo-o cometer desatinos.


Carrega um par de chifres que deu a seus filhos, dizendo-lhes que se precisassem dela batesse um no outro que ela viria de onde estivesse para acudi-los, também um instrumento de madeira com o rabo do búfalo que serve para afastar os ÉGÚNS , é o ORUKERÉ.

Recebeu de SÀNGÓ o título de YÀSÁN , que quer dizer , "a senhora das tardes ", pois chegava sempre as tardes , linda e esvoasante com sua roupa de fogo. .........
Yansã Oiá tinha um pai adotivo e vivia com ele na mata.
Ele era o maior de todos os caçadores.
Um dia, morreu e deixou Oiá muito triste.
Ela decidiu que queria fazer uma homenagem para o pai.
Embrulhou seus pertences de caça num pano, preparou suas iguarias favoritas.
E dançou e cantou por sete dias, espalhando seu vento por toda parte e fazendo vir todos os caçadores da terra.
Na sétima noite, embrenhou-se na mata e depositou ao pé de uma árvore sagrada os pertences de seu pai.
Olorum, que sempre vê tudo, ficou comovido.
Fez da jovem Iansã guia dos mortos no caminho sagrado, Orum Aiê e mãe dos espaços dos espíritos.
Fez de seu pai, Odulecê, um orixá.
E do gesto de Oiá, o ritual ao qual todos os mortos tem direito: comidas, cantos, danças e um espaço sagrado…
Iansã teve muitos homens e de cada um ganhou uma coisa importante:

De Ogum, o ferreiro divino, ganhou nove filhos e o direito de usar a espada para defender-se e defender os outros
De Oxaguiã, o jovem construtor, ganhou um escudo para proteger-se dos inimigos
De Exu, o mensageiro, ganhou o direito de usar a magia e o poder do fogo para realizar desejos
De Oxóssi, o caçador, ganhou o saber da caça para alimentar seus filhos
De Logun Edé, o senhor das matas, ganhou o direito de tirar das cachoeiras os frutos dágua para seus filhos
Com Xangô, o juiz, viveu o resto da vida e ganhou dele o poder do encantamento, o posto da justiça e o domínio dos raios.
Um dia, houve uma festa, todos os orixás estavam presentes.
Omulu-Obaluaê, o temido orixá das doenças, chegou vestido de palha. Ninguém o reconheceu e nenhuma mulher quis dançar com ele.
Mas eis que de repente, Oiá-Iansã entra na roda e atrave-se a dançar com o Senhor da Terra.
E tanto girava que levantou o vento, e o vento descobriu a palha de Omulu.
Todos puderam ver o quanto ele era belo.
E o reverenciaram.
Ele ficou tão grato que fez de Oiá a rainha dos espíritos dos mortos, Oiá Igbalé, a condutora dos eguns, os espíritos dos mortos).
E ela dançou de alegria a sua dança que convoca o vento.

As filhas de Iansã devem ser assim, apaixonadas, amantes dos temporais, amazonas de ventanias…
O Acarajé, comida ritual (Adimu ou Ajeun) da orixá Iansã. Na África, é chamado de àkàrà que significa bola de fogo, enquanto je possui o significado de comer. No Brasil foram reunidas as duas palavras numa só, acara-je, ou seja, “comer bola de fogo”. Devido ao modo de preparo, o prato recebeu esse nome.

O acarajé, o principal atrativo no tabuleiro, é um bolinho característico do candomblé. Sua origem é explicada por um mito sobre a relação de Xangô com suas esposas,Oxum e Iansã. O bolinho se tornou, assim, uma oferenda a esses orixás. Mesmo ao ser vendido num contexto profano, o acarajé ainda é considerado, pelas baianas, como uma comida sagrada. Por isso, a sua receita, embora não seja secreta, não pode ser modificada e deve ser preparada apenas pelos filhos-de-santo. O primeiro acarajé sempre é oferecido a Exu pela primazia que tem no candomblé. Os seguintes são fritos normalmente e ofertados aos orixás para os quais estão sendo feitos.O acará Oferecido ao orixá Iansã diante do seu Igba orixá é feito num tamanho de um prato de sobremesa na forma arredondada e ornado com nove ou sete camarões defumados, confirmando sua ligação com os odu odi e ossá no jogo do merindilogun, cercado de nove pequenos acarás, simbolizando "mensan orum" nove Planetas.

O acará de xango tem uma forma Ovalar imitando o cágado que é seu animal preferido e cercado com seis ou doze pequenos acarás de igual formato, confirmando sua ligação com os odu Obará e êjilaxeborá.

Gbadura (reza) de Oya.


TA AWA LE EWA ALAADE

OYA DE WA Ê LAARI Ô

Ô KI DÊ WA Ê LAARI Ô

SUN LÊ OHUN DÊ ORUN

ÊÊPA HEY YÊYÊ GÊÊRÊ

SUN LÊ OHUN DÊ ORUN


Tradução:
A mais bela dentre as mulheres que possuem coroa

Oya quando chega é um grande prestígio

Nós a saudamos sempre, sempre

Como o brilho do fogo, ela chega do céu

Nós a saudamos grande mãe preciosa!

Que como o brilho do fogo, chega do céu

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