quinta-feira, 4 de agosto de 2011
A FAMÍLIA QUE ACOMPANHA O REI EM SEU BANQUETE(OLUBAJÉ)
A ORIXÁ EWÁ – A ORIXÁ DA VIDÊNCIA – DIA 05 DE AGOSTO
Rainha do céu estrelado, dona das ilhas e penínsulas, orixá das nuvens, da chuva e das transformações, faixa branca do arco-íris, são muitas as imagens associadas a Ewá. Deusa casta, de poucos amores, ela ajuda a curar a esterilidade feminina. Tem o poder de se tornar invisível e de ler o oráculo de Ifá, o deus da adivinhação. Nos terreiros, Ewá dança empunhando uma espada e trazendo à cintura dois arpões, pois está associada também à guerra e à pesca abundante.
Orixá que protege as virgens e tudo que é inexplorável. Ewá tem o poder da vidência.
Senhora do céu estrelado, rainha dos cosmos. Ela está no lugar onde o homem não alcança.
Uma deusa de muitos mistérios, pouco se sabe a seu respeito.
* Características:
. Nome: Ewá
. Origem: Nigéria
. Data: 05 de Agosto
. Elemento: Água
. Suporte: Águas doces e salgadas, ilhas e penínsulas
. Cores: Amarelo e vermelho
. Colares: Contas amarelas e vermelhas
. Saudação: Ri Ro Rinró Ewá!
. Oferendas Rituais: Milho pilado com coco cortado, batatas doces e banana da terra frita em azeite de dendê com farofa do mesmo azeite.
. Bebida: Vinho branco ou rosado suave
. Metais: Ouro e Bronze
. Cristais: Opala, Água Marinha e Rubi
. Signo: Virgem
. Dia da Semana: Sábado
. Vela: Amarela e vermelha
. Hora: 18 horas
. Local para acender: Perto da cachoeira
. Vibrações: Para eliminar falsidades e todo tipo de conflito
. Instrumento: A espada e o arpão
Yroko é um Orixá muito antigo.Foi a primeira árvore plantada (gameleira) e pela qual todos os restantes Orixás desceram à Terra. Yroko é a própria representação da dimensão Tempo.
Em todas as reuniões dos Orixás está sempre presente Yroko, calado num canto, anotando todas as decisões que implicam directamente na sua acção eterna. É um Orixá pouco conhecido dos seres vivos ou mortos, nascidos ou por nascer. Toda a criação está nos seus desígnios. É o Orixá Yroko, implacável e inexorável, que governa o Tempo e o Espaço, que acompanha, e cobra, o cumprimento do Karma de cada um de nós, determinando o início e o fim de tudo.
Saudação
Erôôô
Cores
Branco
Dia
Segunda-feira
Símbolo
Lança e grelha
Elemento da Natureza
Gameleira
Animal Sagrado
Preá e pombo
Lenda
No começo dos tempos, a primeira árvore plantada foi Yroko. Yroko foi a primeira de todas as árvores, mais antiga que o mogno, o pé de obi e o algodoeiro. Na mais velha das árvores de Yroko, morava seu espírito. E o espírito de Yroko era capaz de muitas mágicas e magias. Yroko assombrava todo mundo, assim se divertia. À noite saia com uma tocha na mão, assustando os caçadores. Quando não tinha o que fazer, brincava com as pedras que guardava nos ocos de seu tronco. Fazia muitas mágicas, para o bem e para o mal. Todos temiam Yroko e seus poderes e quem o olhasse de frente enlouquecia até a morte.
Numa certa época, nenhuma das mulheres da aldeia engravidava. Já não havia crianças pequenas no povoado e todos estavam desesperados. Foi então que as mulheres tiveram a idéia de recorrer aos mágicos poderes de Yroko. Juntaram-se em círculo ao redor da árvore sagrada, tendo o cuidado de manter as costas voltadas para o tronco. Não ousavam olhar para a grande planta face a face, pois, os que olhavam Yroko de frente enlouqueciam e morriam. Suplicaram a Yroko, pediram a ele que lhes desse filhos. Ele quis logo saber o que teria em troca. As mulheres eram, em sua maioria, esposas de lavradores e prometeram a Yroko milho, inhame, frutas, cabritos e carneiros. Cada uma prometia o que o marido tinha para dar. Uma das suplicantes, chamada Olurombi, era a mulher do entalhador e seu marido não tinha nada daquilo para oferecer. Olurombi não sabia o que fazer e, no desespero, prometeu dar a Yroko o primeiro filho que tivesse.
Nove meses depois a aldeia alegrou-se com o choro de muitos recém-nascidos. As jovens mães, felizes e gratas, foram levar a Yroko suas prendas. Em torno do tronco de Yroko depositaram suas oferendas. Assim Yroko recebeu milho, inhame, frutas, cabritos e carneiros. Olurombi contou toda a história ao marido, mas não pôde cumprir sua promessa. Ela e o marido apegaram-se demais ao menino prometido.
No dia da oferenda, Olurombi ficou de longe, segurando nos braços trêmulos, temerosa, o filhinho tão querido. E o tempo passou. Olurombi mantinha a criança longe da árvore e, assim, o menino crescia forte e sadio. Mas um belo dia, passava Olurombi pelas imediações do Yroko, entretida que estava, vindo do mercado, quando, no meio da estrada, bem na sua frente, saltou o temível espírito da árvore. Disse Yroko: "Tu me prometeste o menino e não cumpriste a palavra dada. Transformo-te então num pássaro, para que vivas sempre aprisionada em minha copa." E transformou Olurombi num pássaro e ele voou para a copa de Yroko para ali viver para sempre.
Olurombi nunca voltou para casa, e o entalhador a procurou, em vão, por toda parte. Ele mantinha o menino em casa, longe de todos. Todos os que passavam perto da árvore ouviam um pássaro que cantava, dizendo o nome de cada oferenda feita a Yroko.
Até que um dia, quando o artesão passava perto dali, ele próprio escutou o tal pássaro, que cantava assim: "Uma prometeu milho e deu o milho; Outra prometeu inhame e trouxe inhames; Uma prometeu frutas e entregou as frutas; Outra deu o cabrito e outra, o carneiro, sempre conforme a promessa que foi feita. Só quem prometeu a criança não cumpriu o prometido."
Ouvindo o relato de uma história que julgava esquecida, o marido de Olurombi entendeu tudo imediatamente. Sim, só podia ser Olurombi, enfeitiçada por Yroko. Ele tinha que salvar sua mulher!
Mas como, se amava tanto seu pequeno filho?
Ele pensou e pensou e teve uma grande idéia. Foi à floresta, escolheu o mais belo lenho de Yroko, levou-o para casa e começou a entalhar. Da madeira entalhada fez uma cópia do rebento, o mais perfeito boneco que jamais havia esculpido.
O fez com os doces traços do filho, sempre alegre, sempre sorridente. Depois poliu e pintou o boneco com esmero, preparando-o com a água perfumada das ervas sagradas. Vestiu a figura de pau com as melhores roupas do menino e a enfeitou com ricas jóias de família e raros adornos.
Quando pronto, ele levou o menino de pau a Yroko e o depositou aos pés da árvore sagrada. Yroko gostou muito do presente. Era o menino que ele tanto esperava!
E o menino sorria sempre, sua expressão, de alegria.
Yroko apreciou sobremaneira o fato de que ele jamais se assustava quando seus olhos se cruzavam. Não fugia dele como os demais mortais, não gritava de pavor e nem lhe dava as costas, com medo de o olhar de frente. Yroko estava feliz. Embalando a criança, seu pequeno menino de pau, batia ritmadamente com os pés no solo e cantava animadamente. Tendo sido paga, enfim, a antiga promessa, Yroko devolveu a Olurombi a forma de mulher. Aliviada e feliz, ela voltou para casa, voltou para o marido artesão e para o filho, já crescido e enfim libertado da promessa.
Alguns dias depois, os três levaram para Yroko muitas oferendas. Levaram ebós de milho, inhame, frutas, cabritos e carneiros, laços de tecido de estampas coloridas para adornar o tronco da árvore.
Eram presentes oferecidos por todos os membros da aldeia, felizes e contentes com o retorno de Olurombi. Até hoje todos levam oferendas a Yroko. Porque Yroko dá o que as pessoas pedem. E todos dão para Yroko o prometido.
OBÁ
Orixá do rio Níger, terceira mulher de Xangô. Orixá, embora feminina, temida, forte, energética, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos. OBÁ Divindade feminina, guerreira que às vezes é também citada como caçadora. Irmã de Óya (Iansã). Esposa de Ogum e, posteriormente, terceira e mais velha mulher de Xangô.
Bastante conhecida pelo fato de ter seguido um conselho de Oxum e decepado a própria orelha para preparar um ensopado para o marido na esperança de que isto iria fazê-lo mais apaixonado por ela. Quando manifestada, esconde o defeito com a mão. Seus símbolos são uma espada (idà) e um arco e flecha (ofá). Sua saudação é OBA XÍ ou ÖBA XIRE.
O ARQUÉTIPO DE OBÁ
As pessoas pertencentes a este Orixá são lutadoras, bravas, um tanto agressivas, o que as levam a serem pouco incompreendidas. Freqüentemente tendem a terem experiências infelizes e amargas. São ciumentas, pois são muito zelosas com tudo que lhe pertencem.
Porém, pessoas de grande valor e dedicação. Tendem a alcançar seus ideais. Dedicadas e muitas vezes ingênuas, principalmente em relação ao amor e as amizades.
OBÁ — Orixá guerreira e das águas revoltas !!!
Obá vivia em companhia de Oxum e Oyá (Iansã), no reino de Oyó, como uma das esposas de Xangô, dividindo a preferência do reverenciado Rei entre as duas Iyabas (Orixás femininos).
Obà percebia o grande apreço que Xangô tinha por Oxum, que mimosa e dengosa, atendia sempre a todas as preferencias do Rei, sempre servindo e agradando aos seus pedidos. Obà resolveu então, perguntar para Oxum qual era o grande segredo que ela tinha, para que levasse a preferencia do amor de Xangô, vez que Oyá, andava sempre com o Rei em batalhas e conquistas de reinados e terras, pelo seu gênio guerreiro e corajoso e Obà era sempre desprezada e deixada por último na lista das esposas de Xangô.
Oxum então, matreira e esperta, falou que seu segredo era em como preparar o amalá de Xangô principal comida do Rei, que lhe servia sempre que deseja-se bons momentos ao lado do patrono da justiça. Obà, como uma menina ingênua, escutou e registrou todos os ingredientes que Oxum falava e que eram de extrema importância para a realização de tal culinária, sendo que por fim Oxum, falou que além de tudo isso, tinha cortado e colocado uma de suas orelhas na mistura do amalá para enfeitiçar Xangô.
Obà agradeceu a sinceridade de Oxum e saiu para fazer um amalá em louvor ao Rei, enquanto Oxum, ria da ingenuidade de Obà que, sempre atenta a tudo, não percebeu que Oxum mentira, pois ela encontrava-se com suas duas orelhas, e falará isso somente para debochar de Obà. Obà em grande sinal de amor pelo seu Rei, preparou um grande amalá, e por fim cortou uma de suas orelhas colocando na mistura e oferecendo à Xangô como gesto de seu sublime amor.
Xangô ao receber a comida, percebeu a orelha de Obà na mistura, e bravejou e gritou, e expulsou Obà do reino de Oyó, sem por fim nem explicação considerar. Obà triste e desiludida, fugiu para bem longe e nunca mais voltou aos domínios de Xangô, tendo hoje em dia, como sua arqui-rival em todos os candomblés do Brasil e do mundo, e até hoje quando manifestadas em seus iaôs elas dançam simbolizando uma luta.
OSUMARÉ
DIA: Terça-feira
CORES: Amarelo e verde (ou preto) e todas as cores do arco-íris
SÍMBOLOS: Ebiri, serpente, círculo, bradjá.
ELEMENTOS: Céu e terra
DOMÍNIOS: Riqueza, vida longa, ciclos, movimentos constantes.
SAUDAÇÃO: A Run Boboi!!!
Oxumaré (Òsùmàrè) é o orixá de todos os movimentos, de todos os ciclos. Se um dia Oxumaré perder suas forças o mundo acabará, porque o universo é dinâmico e a Terra também se encontra em constante movimento. Imaginem só o planeta Terra sem os movimentos de translação e rotação; imaginem uma estação do ano permanente, uma noite permanente, um dia permanente. É preciso que a Terra não deixe de se movimentar, que após o dia venha a noite, que as estações do não se alterem, que o vapor das águas suba aos céus e caia novamente sobre a Terra em forma de chuva. Oxumaré não pode ser esquecido, pois o fim dos ciclos é o fim do mundo.
Oxumaré mora no céu e vem à Terra visitar-nos através do arco-íris. Ele é uma grande cobra que envolve a Terra e o céu e assegura a unidade e a renovação do universo.
Filho de Nanã Buruku, Oxumaré é originário de Mahi, no antigo Daomé, onde é conhecido como Dan. Na região de Ifé é chamado de Ajé Sàlugá, aquele que proporciona a riqueza aos homens. Teria sido um dos companheiros de Odudua por ocasião de sua chegada a Ifé.
Dizem que Oxumaré seria homem e mulher, mas, na verdade, este é mais um ciclo que ele representa: o ciclo da vida, pois da junção entre masculino e feminino é que a vida se perpetua. Oxumaré é um Orixá masculino.
Oxumaré é um deus ambíguo, duplo, que pertence à água e à terra, que é macho e fêmea. Ele exprime a união de opostos, que se atraem e proporcionam a manutenção do universo e da vida. Sintetiza a duplicidade de todo o ser: mortal (no corpo) e imortal (no espírito). Oxumaré mostra a necessidade do movimento da transformação.
Omulú é o irmão mais velho de Oxumaré, mas foi abandonado por sua mãe por ter nascido com o corpo coberto de chagas. Em tempo, não se pode condenar Nanã por esse acto, já que era um costume, quase uma obrigação ritual da época, que se abandonassem as crianças nascidas com alguma deformidade. O deus do destino disse a Nanã que ela teria outro filho, belíssimo, tão bonito quanto o arco-íris, mas que jamais ficaria junto dela. Ele viveria no alto, percorreria o mundo sem parar. Nasceu Oxumaré.
Oxumaré que fica no céu
Controla a chuva que cai sobre a terra.
Chega à floresta e respira como o vento.
Pai venha até nós para que cresçamos e tenhamos longa vida.
Características dos filhos de Oxumaré
São pessoas que tendem à renovação e à mudança. Periodicamente mudam tudo na sua vida (de maneira radical): mudam de casa, de amigos, de religião, de emprego; vivem rompendo com o passado e buscando novas alternativas para o futuro, para cumprir seu ciclo de vida: mutável, incerto, de substituições constantes.
São magras. Como as cobras possuem olhos atentos, salientes, difíceis de encarar, mas ‘não enxergam’. São pessoas que se prendem a valores materiais e adoram ostentar suas riquezas; São orgulhosas, exibicionistas, mas também generosas e desprendidas quando se trata de ajudar alguém.
Extremamente activas e ágeis, estão sempre em movimento e acção, não podem parar.
São pessoas pacientes e obstinadas na luta pelos seus objectivos e não medem sacrifícios para alcançá-los. A dualidade do orixá também se manifesta nos seus filhos, principalmente no que se refere às guinadas que dão nas suas vidas, que chegam a ser de 180 graus, indo de um extremo a outro sem a menor dificuldade. Mudam de repente da água para o vinho, assim como Oxumaré, o Grande Deus do Movimento.
Dia Consagrado: 26 de Julho
Sincretismo: Santa ana / Sant’ana / Santana
Cores: Anil, Branco e Roxo
Símbolo: Bastão de hastes de palmeira (Ibiri)
Elemento: Terra, Água, Lodo
Domínios: Vida e Morte, Saúde e Maternidade
Saudação: Salubá!
Nanã, a deusa dos mistérios, é uma divindade de origem simultânea à criação do mundo, pois quando Odudua separou a água parada, que já existia, e liberou do “saco da criação” a terra, no ponto de contato desses dois elementos formou-se a lama dos pântanos, local onde se encontram os maiores fundamentos de Nana.
Senhora de muitos búzios, Nana sintetiza em si morte, fecundidade e riqueza. O seu nome designa pessoas idosas e respeitáveis e, para os povos Jeje, da região do antigo Daomé, significa “mãe”. Nessa região, onde hoje se encontra a República do Benin, Nana é muitas vezes considerada a divindade suprema e talvez por essa razão seja frequentemente descrita como um orixá masculino.
Sendo a mais antiga das divindades das águas, ela representa a memória ancestral do nosso povo: é a mãe antiga (Iyá Agbà) por excelência. É mãe dos orixás Iroko, Obaluaiê e Oxumaré, mas por ser a deusa mais velha do candomblé é respeitada como mãe por todos os outros orixás.
A vida está cercada de mistérios que ao longo da História atormentam o ser humano. Porém, quando ainda na Pré-História, o homem se viu diante do mistério da morte, em seu âmago irrompeu um sentimento ambíguo. Os mitos aliviavam essa dor e a razão apontava para aquilo que era certo no seu destino.
A morte faz surgir no homem os primeiros sentimentos religiosos, e nesse momento Nana faz-se compreender, pois nos primórdios da História os mortos eram enterrados em posição fetal, remetendo a uma ideia de nascimento ou renascimento. O homem primitivo entendeu que a morte e a vida caminham juntas, entendeu os mistérios de Nana.
Nana é o princípio, o meio e o fim; o nascimento, a vida e a morte.
Ela é a origem e o poder. Entender Nana é entender o destino, a vida e a trajectória do homem sobre a terra, pois Nana é a História. Nana é água parada, água da vida e da morte.
Nana é o começo porque Nanã é o barro e o barro é a vida. Nana é a dona do axé por ser o orixá que dá a vida e a sobrevivência, a senhora dos ibás que permite o nascimento dos deuses e dos homens.
Nana pode ser a lembrança angustiante da morte na vida do ser humano, mas apenas para aqueles que encaram esse final como algo negativo, como um fardo extremamente pesado que todo o ser carrega desde o seu nascimento. Na verdade, apenas as pessoas que têm o coração repleto de maldade e dedicam a vida a prejudicar o próximo se preocupam com isso. Aqueles que praticam boas ações vivem preocupados com o seu próprio bem, com a sua elevação espiritual e desejam ao próximo o mesmo que para si, só esperam da vida dias cada vez melhores e têm a morte como algo natural e inevitável. A sua certeza é a imortalidade da sua essência.
Nana, a mãe maior, é a luz que nos guia, o nosso quotidiano. Conhecer a própria vida e o próprio destino é conhecer Nana, pois os fundamentos dos orixás e do Candomblé estão ligados à vida. A nossa vida é o nosso orixá.
É na morte, condição para o renascimento e para a fecundidade, que se encontram os mistérios de Nana. Respeitada e temida, Nana, deusa das chuvas, da lama, da terra, juíza que castiga os homens faltosos, é a morte na essência da vida.
Características dos filhos de Nana Burukú
Os filhos de Nana são pessoas extremamente calmas, tão lentas no cumprimento das suas tarefas que chegam a irritar. Agem com benevolência, dignidade e gentileza. As pessoas de Nana parecem ter a eternidade à sua frente para acabar os seus afazeres; gostam de crianças e educam-nas com excesso de doçura e mansidão, assim como as avós. São pessoas que no modo de agir e até fisicamente aparentam mais idade.
Podem apresentar precocemente problemas de idade, como tendência a viver no passado, de recordações, apresentar infecções reumáticas e problemas nas articulações em geral.
As pessoas de Nana podem ser teimosas e “ranzinzas”, daquelas que guardam por longo tempo um rancor ou adiam uma decisão. Porém agem com segurança e majestade. As suas reações bem equilibradas e a pertinência das suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça.
Embora se atribua a Nana um carácter implacável, os seus filhos têm grande capacidade de perdoar, principalmente as pessoas que amam. São pessoas bondosas, decididas, simpáticas, mas principalmente respeitáveis, um comportamento digno da Grande Deusa do Daomé.
Qualidades do Orixá Nanã
Nanã Abenegi: Dessa Nanã nasceu o Ibá Odu, que é a cabaça que traz Oxumarê, Oxossi Olodé, Oya e Yemanjá.
Nanã Adjaoci ou Ajàosi: É a guerreira e agressiva que veio de Ifé, às vezes confundida com Obá. Mora nas águas doces e veste-se de azul.
Nanã Ajapá ou Dejapá: É a guardiã que mata, vive no fundo dos pântanos, é um Orixá bastante temido, ligado a lama, a morte, e a terra. Veio de Ajapá. Está ligada aos mistérios da morte e do renascimento. Destaca-se como enfermeira; cuida dos velhos e dos doentes, toma conta dos moribundos. Nela predomina a razão.
Nanã Buruku ou Búkùú: Também é chamada Olú waiye (senhora da terra), ou Oló wo (senhora do dinheiro) ou ainda Olusegbe. Este Orixá veio de Abomey; ligado à água doce dos pântanos, usa um ibirí azul.
Nanã Obaia ou Obáíyá: É ligada a água e a lama. Mora nos pântanos; usa contas cristal vestes lilás e veio do país Baribae.
Nanã Omilaré: É a mais velha, acredita-se ser a verdadeira esposa de Oxalá. Associada aos pântanos profundos e ao fogo. É a dona do universo, a verdadeira mãe de Omolu Intoto. Veste musgo e cristal.
Nanã Savè: Veste-se de azul e branco, e usa uma coroa de búzios.
Nanã Ybain: É a mais temida. Orixá da varíola. Usa cor vermelha, é a principal, come directo na lagoa, dando origem a outros caminhos. Para chamá-la, a ekeji tem que ir batendo com seus otás para fazê-la pegar suas filhas.
Nanã Oporá: Veio de Ketu, coberta de òsun vermelho. É a mãe de Obaluaiyê, ligada a terra, temida, agressiva e irascível.
Nanã Xalá: Muito ligada ao Branco e a Oxalá.
Teremos ainda outros nomes, títulos ou qualidades: Inselè, Sùsùré, Elegbé, Bíodún, ìkúrè, Asaiyó, etc, provavelmente.
Fonte: http://ocandomble.wordpress.com/os-orixas/nana
Lendas de Nanã
Em sua passagem pela Terra, foi a primeira Iyabá e a mais vaidosa, razão pela qual segundo a lenda, desprezou o seu filho primogénito com Oxalá, Omolú, por ter nascido com várias doenças de pele. Não admitindo cuidar de uma criança assim, acabou por o abandonar no pântano. Sabendo disso, Oxalá condenou-a a ter mais filhos, os quais nasceriam todos com alguma deformação física (Oxumaré, Ewá e Ossaim), e baniu-a do reino, ordenando-lhe que fosse viver no mesmo lugar onde abandonou o seu filho, no pântano.
Nanã tornou-se uma das Iyabás mais temidas, tanto que em algumas tribos quando o seu nome era pronunciado, todos se jogavam ao chão. Senhora das doenças cancerígenas, está sempre ao lado do seu filho Omolú. É protectora dos idosos, desabrigados, doentes e deficientes visuais.
Olorun enviou Nana e Oxalá para viverem na Terra e criarem a humanidade. Os dois foram dotados de grandes poderes para desempenharem essa tarefa, mas somente Nana tinha o domínio do reinado dos eguns, e guardava esses segredos, bem como o da geração da vida, em sua cabaça.
Oxalá não se conformava com esta situação, queria poder compartilhar desses segredos. Tentava agradar sua companheira com oferendas para convencê-la a revelar seu conhecimento.
Nana, sentindo-se feliz com as atitudes de Oxalá, decide mostrar-lhe egun, mas apenas ela era reconhecida nesse reinado.
Certa vez, enquanto Nanan trabalhava com a lama, Oxalá, disfarçando-se com as roupas dela, foi visitar egun, sem lhe pedir autorização.
Quando Nanan, sentiu a falta de Oxalá e de sua própria vestimenta, teve certeza de que ele havia invadido o seu reinado, atraiçoando-a gravemente. Enfurecida com a descoberta, resolveu fechar a passagem do mundo proibido, deixando Oxalá preso.
Enquanto isso, Oxalá caminhava no reinado de Nana, tentando descobrir seus mistérios, mas apenas ela conseguia comunicar-se com os eguns.
Egun, sempre envolto em seus panos coloridos, não tinha rosto, nem voz. Oxalá, usando um pedaço de carvão, criou um rosto para ele, como já havia feito com os seres humanos, e, com seu sopro divino, abriu-lhe a fala. Assim, ele conseguiu desvendar os segredos que tanto queria, mas, quando se deu conta, viu que não conseguia achar a saída.
Nana não sabia o que fazer, por isso fechou a passagem para mantê-lo preso até encontrar uma forma de castigá-lo. Contou a Olorun sobre a traição de Oxalá, que não aprovou a atitude de ambos. Nana errou ao revelar a Oxalá os segredos que o próprio Olorun lhe confiara. Para castigá-la, tomou o seu reinado e o entregou a Oxalá, pois ele desempenhara melhor a tarefa de zelar pelo eguns. Oxalá também foi castigado, pois invadiu o domínio de um outro orixá. Daquele dia em diante, Oxalá seria obrigado a usar as roupas brancas de Nanan, cobrindo o seu rosto com um chorão, que somente as iyabás usam.
Dizem que quando Olorum encarregou Osalá de fazer o mundo e modelar o ser humano, o Òrìsà tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada. Foi então que Nanã veio em seu socorro e deu a Osalá a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nanã. Osalá criou o homem, o modelou no barro. Com o sopro de Olorum ele caminhou. Com a ajuda dos òrìsà povoou a Terra. Mas tem um dia que o homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar à terra, voltar à natureza de Nanã. Nanã deu a matéria no começo mas quer de volta no final tudo o que é.
No inicio dos tempos os pântanos cobriam quase toda a terra. Faziam parte do reino de Nanã Buruquê e ela tomava conta de tudo como boa soberana que era. Quando todos os reinos foram divididos por Olorun e entregues aos orixás uns passaram a adentrar nos domínios dos outros e muitas discórdias passaram a ocorrer. E foi dessa época que surgiu esta lenda. Ogum precisava chegar ao outro lado de um grande pântano, lá havia uma séria confusão ocorrendo e sua presença era solicitada com urgência. Resolveu então atravessar o lamaçal para não perder tempo. Ao começar a travessia que seria longa e penosa ouviu atrás de si uma voz autoritária: – Volte já para o seu caminho rapaz! – Era Nanã com sua majestosa figura matriarcal que não admitia contrariedades – Para passar por aqui tem que pedir licença! – Como pedir licença? Sou um guerreiro, preciso chegar ao outro lado urgente. Há um povo inteiro que precisa de mim. -Não me interessa o que você é e sua urgência não me diz respeito. Ou pede licença ou não passa. Aprenda a ter consciência do que é respeito ao alheio. Ogum riu com escárnio: – O que uma velha pode fazer contra alguém jovem e forte como eu? Irei passar e nada me impedirá! Nanã imediatamente deu ordem para que a lama tragasse Ogum para impedir seu avanço. O barro agitou-se e de repente começou a se transformar em grande redemoinho de água e lama. Ogum teve muita dificuldade para se livrar da força imensa que o sugava. Todos seus músculos retesavam-se com a violência do embate. Foram longos minutos de uma luta sufocante. Conseguiu sair, no entanto, não conseguiu avançar e sim voltar para a margem. De lá gritou: -Velha feiticeira, você é forte não nego, porém também tenho poderes. Encherei esse barro que chamas de reino com metais pontiagudos e nem você conseguirá atravessa-lo sem que suas carnes sejam totalmente dilaceradas. E assim fez. O enorme pântano transformou-se em uma floresta de facas e espadas que não permitiriam a passagem de mais ninguém. Desse dia em diante Nanã aboliu de suas terras o uso de metais de qualquer espécie. Ficou furiosa por perder parte de seu domínio, mas intimamente orgulhava-se de seu trunfo: – Ogum não passou!
OSSAIM
Originalmente dono dos segredos da natureza, patrono da farmácia, dos sacerdotes, químicos que usam plantas para fins curativos e ritualísticos.
Protetor dos vegetais.
OSSAIM é um mago, de toca vermelha, pitando seu fumo.
Cheio do espírito da aventura, auto-confiança e força de vontade.
No interior da mata virgem extrai seu axé, e os usa de acordo com seus objetivos.
Orixá calmo, mestre de tranqüilidade e da resistência.
Prefere ficar trabalhando nos bastidores.
Muito esperto, comunicativo, fascinado pela ação.
Orixá provedor da família e da aldeia, seu coração sempre tem que fazer escolhas, sente que não pode mais esperar por auxílio externo,tem que buscar forças dentro de si próprio para assumir a responsabilidade pelas próprias decisões e resultados.
Os filhos de OSSAIM são de natureza alegre, gostam de caminhadas.
Valentes, não medem o perigo que se apresenta, jamais recuam diante das adversidades.
Moderados em quase tudo, sabem gozar da riqueza quando possuem.
Alegres e fanfarrões,mas sua maneira de falar fere profundamente.
Hábeis em descobrir pontos fracos dos outros, mas zangam-se quando descobrem a seu.
Sendo pessoas algariadas estão propensas a problemas de administração financeira, apesar de prudentes e obstinados em nutrição.
Por serem um pouco irritadiços adquirem problemas e dor de cabeça, de vesícula, e na idade madura tendência a obesidade.
SETE CAPA PRETA: Ligado a Ossaim, atua na alta magia, no ocultismo.Protege atos obscuros principalmente que envolva dinheiro, valores, jóias.
RESUMINDO... OSSAIM
É o senhor absoluto das vegetações. Orixá das folhas e de suas aplicações litúrgicas e toda composição mágica do candomblé.
Nada se faz sem OSSAIM, ele é o detentor da força do axé indispensável para as divindades.
Foi OSSAIM quem ensinou a IFÁ a arte de curar.
É sempre evocado quando as coisas não vão bem.
É o senhor da magia e da medicina, como BARÁ ele é companheiro indispensável de ORUMILÁ.
Portador essencialmente de energias cósmicas que conferem ao ser humano o maravilhoso poder de raciocínio bom senso, discernimento, determinação, engenhosidade acentuada, tendência a pesquisa ou inverso: indecisão, irreflexão, falta de clareza mental, ciúme excessivo. De constituição física mais frágil, saúde delicada e com a idade pode tornar-se aleijado e obeso. Temperamento secreto, sonhador, esquisito, desligado. São dados ao estudos, reflexão, são tolerantes, mas preservam a sua liberdade.
Frase de impacto kétu: òsónyìn o!jé ewé ó jé o òsónyìn o!jé oógún ó jé o> Ossaim ,permita que a folha faça seu efeito. OSSAIM, permita que a medicina produza efeito
ELEMENTO> terra +
NATUREZA> floresta
EMBLEMA>folhas de café com frutos
BEBIDA> vinho tinto
FLORES> todas
FRUTAS> todas
METAL> ferro, prata, estanho
DOENÇAS>aids, doenças nos membros inferiores, nos ligamentos.
COME> Cágado, bode, galo, pombo.
DIA> segunda--feira, quarta-feira, quinta--feira, sexta-feira.
CORES> verde e branco, verde e preto, verde.
NÚMERO> 7
Saudação> Eu Eu
Ferramenta> Muleta, lança, bisturi.
IEMANJÁ
IEMANJÁ
Deusa da nação de Egbé, nação esta Ioruba onde existe o rio Yemojá (Iemanjá). No Brasil, rainha das águas e mares. Orixá muito respeitada e cultuada é tida como mãe de quase todos os Orixás. Por isso a ela também pertence a fecundidade.
Em todos os lugares, no dia 2 de fevereiro ou no ano novo fazem-se homenagens a grande mãe Iemanjá. É protetora dos pecadores e jangadeiros.
O ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE IEMANJÁ
As pessoas de Iemanjá são sérias e impetuosas, domina a todos e fazem-se respeitar. Dificilmente perdoam os erros dos semelhantes. Gostam de testar as pessoas.
Seu temperamento é muito difícil, são bravas, nervosas, mas possuem um coração grandioso, são dedicados aos parentes e amigos, preocupam-se com os outros e consigo. Gostam de coisas luxuosas. São honestas, gostam da casa e da família, são ótimas esposas, mães ou pais.
LENDA
Iemanjá era filha de Olokum, deus (em Benim) ou deusa (em Ifé) do mar. Iemanjá foi casada com Orumila, deus da adivinhação mais tarde casou dom Olofin, Rei de Ifé, com que teve dez filhos, que correspondem a Orixás.
Iemanjá foge em direção a oeste, pois se cansara de Ifé. Olokum lhe dera uma garrafa contendo um preparado para usar se precisasse, ela deveria quebrar somente em caso de extremo perigo.
Iemanjá foi viver no entardecer da terra, o oeste Olofin Odùduà, Rei de Ifé, põe todo o seu exército a procura de sua mulher. Iemanjá cercada resolve quebrar a garrafa conforme lhe foi dito. No mesmo instante criou-se um rio levando Iemanjá para Okun, o oceano, lugar onde vive Olokun.
Por isso Iemanjá é representada na imagem com grandes seios, simbolizando a maternidade e a fecundidade.
África
Na Mitologia Yoruba, o nome Oyá provém do rio de mesmo nome na Nigéria, onde seu culto é realizado, atualmente chamado de rio Níger. É uma divindade das águas como Oxum e Iemanjá, mas também é relacionada ao elemento ar, sendo uma das divindades que controla os ventos. Costuma ser reverenciada antes de Xangô, como o vento personificado que precede a tempestade que é uma das representações do Orixá do Fogo. Assim como a Orixá Obá, Oyá também está relacionada ao culto dos mortos, onde recebeu de Xangô a incumbência de guiá-los a um dos nove céus de acordo com suas ações, para assumir tal cargo recebeu do feiticeiro Oxóssi uma espécie de erukê especial chamado de Eruexim com o qual estaria protegida dos Eguns. O nome Iansã trata-se de um título que Oyá recebeu de Xangô que faz referência ao entardecer, Iansã=A mãe do céu rosado ou A mãe do entardecer. Era como ele a chamava pois dizia que ela era radiante como o entardecer.
Os nove céus são:
Orun Alàáfià. Espaço de muita paz e tranquilidade, reservado para pessoas de gênio brando, ou índole pacífica, bondosa, pacata.
Orun Funfun. Reservado para os inocentes, sinceros, que tenha pureza de sentimento, pureza de intenções.
Orun Bàbá Eni. Reservado para os grandes sacerdotes e sacerdotisas, Babalorixás, yalorixás, Ogans, Ekedes, etc.
Orun Aféfé. Local de oportunidades e correção para os espíritos, possibilidades de reencarnação, volta ao Aiye.
Orun Ìsòlú ou Àsàlú. Local de julgamento por olodumare para decidir qual dos respectivos oruns o espírito será dirigido.
Orun Àpáàdì. Reservado para os espíritos impossíveis de ser reparados.
Orun Rere. Espaço reservado para aqueles que foram bons durante a vida.
Orun Burúkú. Espaço ruim, ibonan "quente como pimenta", reservado para as pessoas más.
Orun Mare. Espaço para aqueles que permanecem, tem autoridade absoluta sobre tudo o que há no céu e na terra e são incomparáveis e absolutamente perfeitos, os supremos em qualidades e feitos, reservado à Olodumare, olorun e todos os orixás e divinizados.
Os africanos costumam saudá-la antes das tempestades pedindo a ela que apazigue Xangô o Orixá dos trovões, raios e tempestades pedindo clemência.
Oferendas: àkàrà ou acarajé, ekuru e abará.
[editar]Brasil
Os devotos costumam lhe oferecer sua comida favorita, o àkàrà (acarajé), ekuru e abará.
No candomblé a cor utilizada para representá-la é o marrom, ainda que seja mais identificada com a cor Rosa. No Brasil houve uma grande distorção com relação as suas regências e origens. Inhansã ou Oiá, como é também chamada no Brasil, é uma divindade da Mitologia Yoruba associada aos vento e as águas, sendo mulher de Xangô, o senhor dos raios e tempestades.
É saudada como "Iya mesan lorun", título referente a incumbência recebida como guia dos mortos. Iansã é associada a sensualidade, dos Orixás femininos é uma das mais guerreiras e imponentes.
[editar]Qualidade de Oya
Antes de qualquer coisa,devemos estar todos cientes de que não existem qualidades de Orixá e com Oyá também não é diferente, o que se segue são alguns títulos.
Oya Igbale - Na realidade não existe, seria essa Iansã ,ligadas ao culto dos mortos, quando dança parece guiar as almas errantes com seus braços, mas essa função é realizada por toda Iansã e a palavra Igbalé quer dizer varrer a Terra, fato esse que se relaciona ao fato de Iansã ser uma das divindades dos ventos, em suma, que varre a Terra, assim como o Orixá Afefê
Oya igbale
1 Oyà Gbale Funán
2 Oyà Gbale Fure
3 Oyà Gbale Guere
4 Oyà Gbale Toningbe
5 Oyà Gbale Fakarebo
6 Oyà Gbale De
7 Oyà Gbale Min
8 Oyà Gbale Lario
9 Oyà Gbale Adagangbará
Oya Kala
Oya Akolasun
Oya Basun
Oya Pada
Oya Funan
Oya Sonan
Oya Jebe
Oya Tanan
Oya Nita
Oya Oníra
Oyà Biniká
Oyà Seno
Oyà Abomi
Oyà Gunán
Oyà Bagán
Oyà Kodun
Oya Maganbelle
Oyà Bagbure
Oyà Tope
Oyà Egunità
Oyà Sayò
Oyá LogunEré
[editar]Símbolos
Saudação: Epa - hei,Oia!
Dia: Quarta-feira.
Cores: Marrom, vermelho, rosa e branco.
Símbolos: irukerê, espada de cobre.
Proibições: Abóbora, arraia e carneiro.
Sete folhas mais usadas para Oya
Botujé
Ewê diji
Okpá orô
Ewê mensã
Tanaposó
Akoko
[editar]Arquétipo
Suas filhas, ou mulheres que tenham Iansã póximo de si (como madrinha por exemplo ou "mãe") aqui na Terra, são mulheres sensuais, ousadas, falam o que pensam e sofrem muito, seja por qualquer motivo, especialmente no amor. São mulheres que batalham, trabalham incansavelmente, são guerreiras, lutam como peões. Geralmente esas mulheres cuidam de tudo sozinha, até dos filhos.
[editar]Ofó Oyá
E ma odò, e ma odò
Eu vou ao rio, eu vou ao rio
Lagbó lagbó méje
Do seu modo encontrado nos arbustos reparte em sete
O dundun a soro
Vós que fala através do Dundun
Balè hey.
Tocando o solo te saúdo.
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