quarta-feira, 10 de agosto de 2011

LENDAS DO ÒRISÁ OBÍ

OBÍ






OBÍ

A cola (Cola acuminata ) é usada na região amazônica como estimulante e digestivo, além de sua madeira ser aproveitada na indústria naval.

Cola acuminata
A cola (Cola acuminata) é uma árvore nativa da faixa equatorial africana. Pertence à família Malvaceae, a mesma família do cacau.

São árvores de baixa estatura, tronco cinzento, folhagem brilhante. As flores são unissexuais, brancas ou amarelo-creme com as pontas das pétalas vermelho-escuro, e raios da mesma cor próximo ao centro. Os frutos são cápsulas secas, que se abrem ao secar liberando as sementes.

A substância cola, usada na forma de xaropes, em bebidas e refrigerantes, é obtida do pó da noz desta árvore. Essas nozes são muito ricas em cafeína.

A cola é produzida nos países da África central, Sudeste Asiático e América do Sul, onde o clima quente e úmido facilitam seu cultivo


Nós de Cola .......
A noz-de-cola é o fruto das plantas pertencentes ao género Cole da subfamília Sterculioideae (Malvales). As variedades mais comuns são obtidas de várias árvores do oeste da África ou da Indonésia, como Cola nitida ou Cola vera e a Cola acuminata. O grupo contém um total de 125 espécies.

Possuindo um gosto amargo e grande quantidade de cafeína, a noz de cola é usada por muitas culturas do oeste africano, tanto individualmente quanto em grupo. Muitas vezes é usada cerimonialmente ou dada para convidados.

A noz era utilizada originalmente para produzir refrigerantes de cola, apesar de que hoje em dia o sabor destas bebidas produzidas em massa é artificial. Algumas exceções incluem a Red Kola da A.G. Barr plc, Harboe Original Taste Cola e Cricket Cola, a última feita de noz de cola e chá verde.

As sementes tem ação estimulantes, regularizadora da circulação. Atuam como um tônico revigorizante, excitante do sistema nervoso e muscular. É também antidiarréica e usada nos casos de anemia, convalescença de doenças graves, problemas estomacais e certas enxaquecas e sobretudo nas perturbações funcionais do coração. As sementes contém teobromina e cafeína, usadas por muitas pessoas como sucedâneo do cacau e do café.

Também é chamada pelos nomes de abajá, café-do-sudão, cola, mukezu, obi, oribi, orobó e orobô.


SAGRADO OBÍ

Obi é um elemento muito importante no culto de Orisa. A noz de cola, Obi, é o símbolo da oração no céu.
É um alimento básico, e toda vez que é oferecido seu consumo é sempre precedido por preces.

Foi Orunmila quem revelou como a noz de cola foi criada.
Quando Olodunmare descobriu que as divindades estavam lutando umas contra as outras, antes de ficar claro que Esu era o responsável por isso, Ele decidiu convidar as quatro mais moderadas divindades (Paz, a Prosperidade, a Concórdia e Aiye, a única divindade feminina presente ), para entrarem em acordo sobre a situação ....
Eles deliberaram longamente sobre o motivo de os mais jovens não mais respeitarem os mais velhos, como ordenado pelo Deus Supremo.

Todos começaram então a rezar pelo retorno da unanimidade e equilíbrio. Enquanto estavam rezando pela restauração da harmonia, Olodunmare abriu e fechou sua mão direita apanhando o ar.

Em seguida abriu e fechou sua mão esquerda, de novo apanhando o ar.


pós isso, Ele foi para fora, mantendo Suas mãos fechadas e plantou o conteúdo das duas mãos no chão.

Suas mãos haviam apanhado no ar as orações e Ele as plantou. No dia seguinte, uma árvore havia crescido no lugar onde Deus havia plantado as orações que Ele apanhara no ar.

Ela rapidamente cresceu, floresceu e deu frutos.
Quando as frutas amadureceram para colheita, começaram a cair no solo.

Aiye pegou-as e as levou para Olodunmare, e Ele disse a ela para que fosse e preparasse as frutas do jeito que mais lhe agradasse, primeiro, ela tostou as frutas, e elas mudaram sua textura, o que as deixou com gosto ruim.

No outro dia, Ela pegou mais frutas e as cozinhou, e elas mudaram de cor e não podiam ser comidas. Enquanto isso, outros foram fazendo tentativas, no entanto todas foram mal sucedidas.

Foram então até Olodunmare para dizer que a missão de descobrir como preparar as nozes era impossível.

Quando ninguém sabia o que fazer, Elenini, a divindade do Obstáculo, se apresentou como voluntária para guardar as frutas, todas as frutas colhidas foram então dadas a ela.

Elenini então partiu a cápsula, limpou e lavou as nozes e as guardou com as folhas para que ficassem frescas por catorze dias.

Depois, ela começou a comer as nozes cruas.

Ela esperou mais catorze dias e depois disso percebeu que as nozes estavam vigorosas e frescas.

Após isso, ela levou as frutas para Olodunmare e disse a todos que o produto das preces, Obi, podia ser ingerido cru sem nenhum perigo.

Deus então decretou que, já que tinha sido Elenini, a mais velha divindade em Sua casa quem conseguiu decodificar o segredo do produto das orações, as nozes deveriam ser dali por diante, não somente um alimento do céu, mas também, onde fossem apresentadas, deveriam ser sempre oferecidas primeiro ao mais velho sentado no meio do grupo, e seu consumo deveria ser sempre precedido por preces.

Olodunmare também proclamou que, como um símbolo da prece, a árvore somente cresceria em lugares onde as pessoas respeitassem os mais velhos.

Naquela reunião do Conselho Divino, a primeira noz de cola foi partida pelo Próprio Olodunmare e tinha duas peças.

Ele pegou uma e deu a outra para Elenini, a mais antiga divindade presente.


A próxima noz de cola tinha três peças, as quais representavam as três divindades masculinas que disseram as orações que fizeram nascer a árvore da noz de cola.

A próxima tinha quatro peças e incluía assim Aiye, a única mulher que estava presente na cerimônia.

A próxima tinha cinco peças e incluiu Orisa-Nla.

próxima tinha seis peças representando a harmonia, o desejo das orações divinas.

A noz de cola com seis peças foi então dividida e distribuída entre todos no Conselho.

Aiye então levou a noz de cola para a Terra, onde sua presença é marcada por preces e onde ela só germina e floresce em comunidades humanas onde existe respeito pelos mais velhos, pelos ancestrais e onde a tradição é glorificada.

Noz de cola .....
Obi existem vários mas de palmeira africana eu não conheço, o Obi que usamos em atos religiosos são:



Obì – Noz de cola. Obì e água (obì omi tùtu) são oferendas primordiais nos cultos afro-descendentes.

Obì ifin – Obi branco - Oferenda exclusiva de Obatalá.

Obì pupa – Obi vermelho. Serve de oferenda para qualquer ebora que não seja fun-fun, inclusive para orí e egun.

Obì edun = obì àáyá – (Cola Caricofolia– Sterculiáceae) – Cola de macaco Possui o fruto vermelho e brilhante. É comestível. - Desconhecido o uso ritualístico.

Obì àbàtà = obì gidi – (Cola Acuminata – Sterculiáceae) – Este é um tipo de nóz de cola vermelha que pode possuir de quatro a seis cotilenóides (awé).

Àjoòpa é uma nóz de kola doce e vermelha, grande e de qualidade superior.

Obì ifin = O mesmo àjoòpa, só que de cor branca. - Oferendado a Obatalá- Muitas vezes é dado como um presente ou como parte de um presente a uma pessoa importante.

Gbánjà = górò = awé méji. – (Cola Nitida – Sterculiáceae) – É vermelho e possui apenas dois segmentos como indica um de seus nomes (awé méji). Contém muita cafeína e por este motivo, se comido à noite, provoca insônia. A cafeína age como estimulante e excitante muscular. Combate a depressão e a hipertensão e sua ação rápida é também de curto efeito...

Abidún = abóbìdóòyò = akíí boto = kòlá = ORÓGBÓ.



RELIGIÃO – OBI O FRUTO SAGRADO DOS ORIXÁS

Segundo um antigo dizer da Bahia, “quem planta obi não colhe”, esta era uma forma de expressar os longos anos que uma árvore leva para frutificar. Então os velhos sacerdotes da Bahia ensinaram que uma criança é que deveria plantar o obi, e este ritual é rigorosamente obedecido por todos aqueles que pretendem viver para colher a fruta. (...)

Obi é um fruto sagrado e insubstituível, sem o qual não se faz nenhuma obrigação, nenhuma confirmação de que os Orixás aceitaram as oferendas. A resposta de afirmação do obi é fundamental para que os ritos possam continuar. O obi de quatro gomos, o único que deve ser ofertado aos Orixás, chama-se obi abata.

Cada fruto é composto de dois casais, separam-se os gomos excedentes e dividem-se em comunhão com todos os presentes ou oferecem-nos a Exu.

Os gomos são delineados pela natureza, portanto não pode haver nenhum tipo de intervenção, sobretudo de faca, para dividir o obi. Apenas nos rituais de Xangô o obi dever ser substituído pelo orobô. O obi deve ser jogado sobre a água, em pratos brancos ou diretamente no chão.
Seus gomos devem ser jogados de uma só vez, ou seja, simultaneamente.

Não se pode manipular os gomos, nem jogar os que caíram fechados sozinhos. Se a caída não for favorável, deve-se lançar todos os gomos novamente. Só uma caída autoriza de imediato a continuidade dos ritos ou confirma a aceitação. Quando todos os gomos do obi caem abertos, isto é, com sua parte interna para cima, é o sinal de que os Orixás abençoaram e/ou aceitaram o rito.

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