quarta-feira, 17 de agosto de 2011

HISTÓRIAS E LENDAS DE POMBA- GIRAS FALANGE MARIA PADILHA





Nome que significa Rainha do Fogo, Maria Padilha já teve várias encarnações na Terra, e a última delas foi em Ilhéus na Bahia. Nesta sua última encarnação, ela era uma espanhola que veio para o Brasil morar em Ilhéus na Bahia e foi morta na porta de um cabaré. Todos os homens que ela teve, em cada uma das encarnações, num total de sete, estão com ela na espiritualidade.

Entre mitos mais variantes que revelam alguma qualidade a característica especial desta mulher, o que servirá nos terreiros como apoio é o segundo nome que acompanhará o primeiro. Recebe outros apoios que alguns podem pensar que se trata de outra Pombagira, mas na realidade é ela: "Rainha dos Infernos", "Rainha do Candomblé", "Rainha das Marias", "Rainha das Facas", "Mulher de Lucifer", "Rainha da Malandragem", "Rainha dos Ciganos", etc. Em cada lugar lhe dão diferentes sobrenomes, que na realidade busca elogiar a entidade e transmitir uma maior intimidade.

Pomba Gira Maria Padilha é conhecida por sua eficiência e rapidez, e está entre as mais populares das Pombagiras. Às vezes ela é chamada de "rainha sem coroa", e isso certamente se refere à Maria histórica, que era a rainha do coração de D. Pedro, mas negou que as suas propostas repetidas para o casamento,preferindo a sua independência durante sua estada na corte. Este também descreve um certo tipo de mulher, aquele que exige respeito, e cujo comportamento é real, mesmo se ela é pobre ou da classe trabalhadora. Maria também é um exemplo perfeito de como "espíritos novos" nascem: lendas cresceram em torno da mulher real, que tinha uma reputação de feiticeira, e dentro de cem anos, as bruxas em Espanha e Portugal estavam usando seu nome e chamando seu espírito para ajudar los em suas magias.

Tem predileção - igual ao seu principal marido, Rei das 7 Liras (Lúcifer) - pelas navalhas e armas brancas em geral, especialmente aquelas que são afiadas e pequenas, onde se deve ter muita agilidade para não ser cortado. Como toda pomba gira, possui numerosos amantes ou parceiros, com os quais pode "adjuntar-se" ou "trabalhar", sendo essa parceira que protegerá a determinada pessoa.

Cabe esclarecer que nem sempre se formam os mesmos parceiros, pois os mesmos dependeram da morada onde trabalhe a Pomba Gira e o que indique o ponto riscado ou firma espiritual. Apresenta-se sob a aparência de uma formosa mulher, de longos cabelos negros, pele morena (as vezes mais clara e as vezes mais escura), sua idade e físico variam também de acordo com o tipo de caminho ou passagem desta Pomba Gira, pois existem passagens jovens e velhas, sendo igualmente atrativas em qualquer de suas passagens, isto ocorre com todos os Exús de quimbanda, não importando a idade que apresentem, pois tem o dom da sedução.

Ela gosta de luxo, dos homens, de dinheiro, das jóias, da boa vida, dos jogos de azar, de baile e da música. É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimento. Seu porte é altivo, orgulhoso, magestoso, possui características das mulheres que não tem medo de nada. É muito requisitada para atrair amantes, abrir os caminhos, amarrar parceiras, mas principalmente é muito temida por sua frieza e seu implacavel poder na questão de demandas. Algumas das principais Pomba Giras que estão dentro de sua falange, abaixo de sua ordem são:

Maria Molambo
Maria Quitéria
Maria Lixeira
Maria Mirongueira
Maria das Almas
Maria da Praia
Maria Cigana
Maria Tunica
Maria Rosa
Maria Colodina
Maria Farrapos
Maria Alagoana
Maria Bahiana
Maria Navalha
Todas com características bastante similares, as quais as vezes podem inclusive ser confundidas por quem não tem muita experiência.
Caminhos

Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga
Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas;
Maria Padilha Rainha dos Infernos;
Maria Padilha Rainha das Almas;
Maria Padilha das Portas do Cabaré;
Maria Padilha Rainha das 7 facas ( 7 navalhas);
Maria Padilha Rainha da Figueira.
Características

Bebida Champanhe, Licor de aniz, Martini, Campari, Mel
Ebôs Pata preta, pomba preta, cabra preta, levando fubá de milho e azeite de dendê.
Fuma cigarros, cigarrilhas
Guia Sua guia geralmente é contas pretas e vermelhas, O preto representando as trevas, o vermelho a guerra, algumas quando cruzadas nas almas, tem suas guias com contas brancas, sendo as mesmas enfiadas de três em três ou de sete em sete
Lugar Recebe os presentes, despachos e feitiços na Calunga (Cruzeiro do Cemitério), nas encruzilhadas em formas de T, ou X( dependendo a escolha do lugar, a vontade da entidade)
Ornamentos jóias, cosméticos, espelhos
Rosas Rosas vermelhas abertas (nunca botões) em número impar, cravos e palmas vermelhas
Simbolos pássaro, o tridente,a lua, o sol a chave e o coração.
Vela de acordo com as cores de suas guias quando trabalham,podendo ser pretas e vermelhas, todas vermelhas e em certos casos, pretas e brancas, ou ainda, todas brancas
Pontos Cantados

Abre essa tumba quero ver tremer,
Abre esse tumba quero ver balançar,
(bis)
Maria Padilha das Almas,
O cemitério é o seu lugar.
É na Calunga que a Maria Padilha mora
É no barranco que a Maria Padilha vai girar.
(bis)
Maria Padilha das Almas
O cemitério é o seu lugar.


Quem não me respeitar
Oh! Logo se afunda
Eu sou Maria Padilha
Dos 7 cruzeiros da Kalunga


Moço, você conhece aquela moça
Que trabalha no escuro
Olhando osso,
Osso por osso,
Dente por dente,
Dia trás dia,
Hora trás hora
Ela é Maria Padilha
Ela é Maria Mulher,
Ela trabalha na Figueira,
Por ordem de Lúcifer.


Caminhou por toda a Terra
Na kalunga ela ficou
Lá na Encruza ou lá na rua
Ela é …
Camarada sua,
Maria, Maria Padilha Ela é.


Maria Padilha já chegou
Trago pra Ela uma linda flor
Festa no Terreiro, festa no gongá,
Chegou Maria Padilha para todo o mal levá.


Maria Padilha,
Soberana da estrada,
Rainha da encruzilhada,
E também do candomblé,
Suprema é uma mulher,
de negro,
Alegria do Terreiro,
Seu feitiço tem axé,
Mas ela é, ela é,
Ela é…
A Rainha da Encruza,
A mulher de Lúcifer.


A Padilha não brinca,
Ela não é brincadeira não,
A quem mexe com ela fica maluco
Vira defunto e se torna caveira
E depois de caveira vira poeira
E vai morar com Exu Caveira.


Maria Padilha
Rainha do Candomblé
Firma Curimba
Que tá chegando mulher.


Maria Padilha é…
Rainha do Candomblé
Maria Padilha mora,
Nas portas de um cabaré.


Exu Maria Padilha
Trabalha na encruzilhada
Toma conta, presta conta…
No romper da madrugada.
Pomba-Gira minha comadre
Me proteja noite e dia
Trabalhando nas encruzilhadas
Com suas feitiçarias.


Maria, Maria Padilha Ela é…
Uma mulher faceira
Que trabalha á Meia Noite
E também a madrugada inteira.
Sete rosas encarnadas
Vou levar para essa Maria
Para afastar de mim,
Toda a feitiçaria.
Maria, Maria Padilha Ela é.


Ela é Maria Padilha
Da sandalinha de pau
Ela trabalha pró bem
Mais ela trabalha pró mal
Oia pombajiré, oia pombajirá, oia pombajirá


De onde é que Maria Padilha vem
Aonde é que Maria Padilha mora
Ela mora na mina de ouro
Onde o galo preto canta
Onde criança não chora.


O povo dos Infernos é quem vai levar
Levar o que não presta pró além mar
Exu Rei da Lira é Lúcifer!
Maria Padilha…
Rainha Exu mulher!


Moça me dá
Um cigarro do seu
pra eu fumar
Que nem dinheiro eu tenho pra comprar
(bis)
Vivo sozinho
Vivo na solidão
Maria Padilha me dê
A sus proteção


Cemitério é praça linda
É lugar pra passear
Cemitério é praça linda
É lugar pra passear
Numa catacumba branca
Maria Padilha mora lá
Mora lá, mora lá,
Maria Padilha mora lá,
Mora lá, mora lá,
Maria Padilha mora lá,


Com uma rosa e uma cigarrilha
Maria Padilha já chegou,
E na Kalunga
Ela é Rainha
Ela trabalha com muito amor
Sete cruzeiros da Kalunga
É a morada dessa mulher
Ela é!
Maria Padilha,
Rainha do Candomblé…

Maria Padilha das Sete Catacumbas

Vativa ficou totalmente arrepiada quando ouviu o que a bruxa lhe disse: - Precisamos do sangue de um inocente! - Sua mente imediatamente focalizou a imagem de Yorg, seu pequeno filho de apenas três anos. Seus pensamentos vagaram por alguns instantes enquanto a mulher remexia em um pequeno caldeirão de ferro.

Estava ali por indicação de uma vizinha que conhecia o problema pelo qual estava passando. Era casada, não tinha queixas do marido, mas de repente parece que uma loucura apoderou-se dela. Apaixonara-se por um rapazote de dezessete anos, ela uma mulher de trinta, bela e fogosa não resistira aos encantos do adolescente e sua vida transformou-se em um inferno. Já traíra seu marido algumas vezes, mas desta vez era algo fora do comum, não conseguia conceber a vida longe do rapaz. Conversando com a vizinha, a quem contava tudo, esta aconselhou: - Vá falar com a bruxa Chiara ela resolve o assunto para você. - Pensou durante alguns dias e não resistiu, foi procurar pela feiticeira.

O ambiente era horrível e a aparência da mulher assustadora, alta, muito magra, com apenas dois dentes na boca, vestia-se inteiramente de preto e fora logo dando a solução: - Vamos matar seu marido, aí você fica livre e se muda para outro povoado, bem distante, levando seu amante! - Vativa ficou assustada, não era essa a idéia. Não tinha porque matar seu marido. Não havia um jeito mais fácil? - De forma alguma, se o deixarmos vivo, quem morre é você! Mas não se preocupe eu cuido de tudo. - Foi aí que ela falou do sangue inocente. - A senhora está tentando dizer que tenho que sacrificar meu filho? - Para fazer omelete, quebram-se ovos... Vativa não estava acreditando, a mulher dizia barbaridades e sorria cinicamente. Levantou-se e saiu correndo apavorada. A risada histérica dada por Chiara ainda ecoava em seus ouvidos quando chegou a casa.

Desse dia em diante suas noites tornaram-se um tormento, bastava fechar os olhos para ver aquele homem (Sete Catacumbas) todo de preto que a apontava com uma bengala: - Agora você tem que fazer! - Em outras ocasiões ele dizia: - Você não presta mesmo, nunca prestou! - Vativa abria os olhos horrorizados e não conseguia mais dormir.

Uma noite, já totalmente transtornada com a aparição freqüente, saiu gritando pela casa. Ouvindo os gritos da mãe o pequeno Yorg acordou e desatou a chorar. Sem saber como, a faca apareceu em sua mão. - Cale a boca garoto dos infernos! - A lâmina penetrou por três vezes no pequeno corpo. Retomando a consciência não suportou a visão do crime cometido e caiu desmaiada. Na queda, a vela que iluminava o pequeno ambiente caiu-lhe sobre as vestes e em pouco tempo o fogo consumia tudo.

Por muitos anos o espírito de Vativa vagou até conseguir a chance de evoluir junto a um grupo de trabalhadores de esquerda, mas se há uma coisa que ela odeia é relembrar o fato, por isso poucas vezes o comenta. Com posto garantido na falange do cemitério detesta ser lembrada para amarrações e perde a compostura quando há um pedido do gênero.

Hoje todos a conhecem pela grandeza dos trabalhos que pratica na linha da guardiã Maria Padilha das Sete Catacumbas ao lado do Senhor Exú das Sete Catacumbas, pois todo médium que recebe Seu Sete recebe também Maria Padilha das Sete Catacumbas em algumas ocasiões, caso contrário após muito tempo recebendo somente Seu Sete passa a sentir-se pesado.

Maria Padilha das Almas

Biografia

Tereza invadiu a igreja de uma forma como nunca havia feito antes. Não se benzeu e nem ao menos olhou para a imagem de Cristo, que de sua cruz, agonizante, parecia olhar diretamente para ela enquanto avançava pela nave. Precisava falar com o padre Olavo nesse instante, não havia tempo a perder. - Padre! - seu grito ecoou pelas paredes repletas de símbolos aos quais ela sempre dera imenso valor, mas que nesse momento nada mais eram que meras imagens que apontavam-lhe o dedo culpando-a pelo pecado gravíssimo que cometera. - Padreee! A voz subira de tom a ponto de atrair imediatamente o coroinha que estava a dormitar atrás do altar. - Dona Tereza! O padre Olavo foi atender um doente que precisa de extrema unção! A mulher sentou-se em uma cadeira da primeira fila e desatou em copioso pranto. O menino sem saber o que fazer correu para a rua e encontrou o padre que vinha já bem perto. - Dona Tereza está chorando como louca lá na igreja, o caso deve ser sério! - Olavo sentiu um baque no peito. - O que teria acontecido? Alguém teria descoberto? - Tudo bem Jonas, pode ir para casa que eu cuido disso. Apressou o passo e da porta ouviu o choro da mulher. - Tereza, o que houve? - Com um salto ela levantou-se e com o dedo estendido para ele gritou: - Eu estou grávida, cafajeste! Grávida de você! Como pode deixar isso acontecer? Você me jurou que isso não seria possível, que não podia ter filhos. O que faço agora? Meu nome será lançado na lama! E meu marido? Meus filhos? - Calma! - ele tentava ganhar tempo enquanto em sua cabeça as imagens passavam em turbilhão. - O que faria com essa louca? Fora ela quem o seduzira, enfiara-se em sua cama, nua, em uma tarde que gostaria de esquecer. Tentara-o com seu belo corpo e se entregara de forma avassaladora. Porque dizia que o filho era seu? Ele mesmo sabia de seus amantes, ditos em momentos de confissão muito antes da tarde fatídica. -Vamos sentar, respire fundo! Como sabe que é meu? - Falava pausadamente tentando inspirar confiança - Não pode ser de seu marido ou... de outro? - Só o que me faltava era isso - o tom subira novamente - me engravida e ainda me chama de vagabunda. Nunca mais dormi com homem algum depois de nosso encontro, meu marido viaja muito e nas poucas vezes que esteve em casa, não me entreguei a ele, por amor a você! - Depois de pensar um pouco falou: - Então não há alternativa além do aborto, procure uma dessas velhas rezadeiras e dê um jeito nisso, o que espera que eu faça? - Precisamos fugir, eu abandono tudo para ficar ao seu lado! - desesperada segurava a batina do padre com força - Teremos nosso filho longe daqui! - Tentando ganhar tempo Olavo tirou as mãos dela de sua roupa. dirigiu-se ao altar e tamborilou com os dedos sobre a branca toalha, virou-se com raiva: - Nunca! Vire-se! Você foi a culpada, me levou para a perdição agora quer acabar comigo? Como posso largar o sacerdócio e viver com uma prostituta que deita em qualquer cama com qualquer um? - Tereza deu um grito de ódio e partiu para cima do padre. Havia um punhal em sua mão. A lâmina afiada foi cravada no abdômen do rapaz que caiu de joelhos. Tereza continuava com a arma na mão manchada com o sangue do padre e foi com ela que cortou a própria jugular, tendo morte quase instantânea. Por muitos anos o espírito de Tereza foi torturado pelas visões dessa e de outras vidas em que sempre causara sofrimento e mortes. Ao atingir um nível de compreensão adequado ao caminho evolutivo, tornou-se Maria Padilha das Almas, e ainda hoje busca ajudar a todos que a procuram tentando fazer com que novas almas não se percam como ela se perdeu por diversas vezes. Somente quem já teve contato com essa grande pomba-gira, sabe dos conselhos firmes dados por ela e da tristeza que ainda deixa transparecer em suas incorporações. Laroiê a Padilha das Almas!

Poema

Vou contar uma lenda de uma pobre Maria,
Que conheceu o luxo e a agonia !
Vou contar a lenda de Maria Padilha ,
Que escondia a sedução sob a mantilha !
Ela viveu no século XIV , cheio de magia ,
Misticismo e fantasia !
Ela nasceu na Espanha valorosa ,
Formosa e maravilhosa !
Ainda criança , Maria Padilha foi abandonada ...
Por sua mãe , que era uma coitada ...
Ela era filha de mãe solteira ...
E virou uma órfã verdadeira !
Ela nunca teve uma família inteira ...
Assim , ela foi criada por uma feiticeira !
Ela gostava de dançar o “flamenco” sensual ...
De uma forma especial !
Ela gostava de vestir preto e vermelho ...
Para treinar a dança no espelho !
Na adolescência , ela virou uma cortesã elegante ...
Conhecendo muita gente importante !
Ela foi apresentada à Dom Pedro I de Castela ...
De uma forma elegante e bela ...
Pelo primeiro ministro numa festa ...
Ao som de uma linda orquestra !
Assim , os dois dançaram ...
E se apaixonaram ...
Mas , Pedro estava noivo de Branca de Bourbon ,
Que era frágil e sempre saia do tom !
Mas , Maria Padilha fez uma bruxaria ,
Que gerou uma grande agonia :
Ela jogou um feitiço no cinto em que Branca ...
De uma forma ingênua e franca ...
Presenteou o seu amado ...
De um jeito calado !
Assim , depois do casamento ...
Sem nenhum sentimento ...
Aconteceu um tormento :
Branca , dois dias depois , foi abandonada ...
Sem entender , absolutamente , nada !
Depois , os membros bastardos da família real ...
Seqüestraram Pedro de um jeito sensacional !
Mas , com a ajuda de Maria Padilha ...
Pedro escapou de toda aquela matilha !
Então , ele decidiu transferir sua corte para Alcazar de Sevilha ...
Junto com sua amada Maria Padilha !
Depois , ele bolou uma vingança sem piedade ...
E matou seus 9 irmãos traiçoeiros de verdade !
Por causa desta vingança de fel ...
Ele ficou conhecido como : Pedro , o cruel !
Com Maria Padilha , ele teve 4 crianças ...
Carregadas de coragem e esperanças !
Porém , um dia ...
Cheio de agonia ...
A linda Maria ...
Morreu vítima da peste negra com muita dor ...
Mas , Pedro chorando com ardor ...
Nomeou a amada morta como rainha original ...
De uma forma especial !
Porém Pedro , o cruel ...
Conheceu o próprio fel ...
Morrendo nas mãos do único irmão bastardo que escapou a sua ira ...
Mas , que conheceu a atrocidade e a mentira !
Esta é a história de Maria Padilha ,
Que escondia a sedução sob a mantilha ...
E que de tanto fazer magias e de possuir um olhar de vampira ...
Tem seitas que dizem que ela é a real pomba – gira .
Maria Padilha de Castella



Biografia

A verdadeira história desta entidade ainda não esta comprovada de fato! Porque devido a várias histórias contadas e publicadas sempre deixa um fecho para inúmeras controversas. Já faz um bom tempinho que venho lendo e pesquisando histórias de Maria Padilha ou ( Maria de Padilha) que vem a ser o verdadeiro nome da amante rainha do Rei de Castela.

A história conta que Maria de Padilha era uma jovem muito sedutora que foi viver no reinado de Castela como dama de companhia de D. Maria, mãe de D. Pedro I de Castela ( O cruel ) . Sendo que esta moça tinha um tutor e este responsável e tio da bela donzela, que também era herdeira de sangue nobre, devido a influencia de seu pai na corte espanhola.

A lenda conta que D.Pedro de Castela já estava noivo de D. Blanca de Bourbom, uma jovem pertencente a corte francesa, que foi enviada para Castela para casar-se com D. Pedro porque este estava já para assumir o Reinado do pai, no ano 1350.

D. Maria de Padilha e o Rei de Castela depois de apresentados, fulminaram-se de paixão um pelo outro e mesmo as escondidas começaram um grande caso de amor, onde sabiam que jamais seria aceito pela família e tampouco pela corte.

D.Pedro I de Castela, não queria casar-se com D. Blanca de Bourbom , mais este casamento traria excelentes benefícios políticos para a corte Espanhola e Portuguesa.

Dizem que Maria de Padilha, trabalhava na magia com um judeu cabalista e que este a ensinou muitas magias e através destas... conseguiu dominar o Rei de Castela completamente. Conta a história que ela foi uma das grandes responsáveis pelo o abandono ou morte de D. Blanca de Bourbom pelo rei, digo abandono ou morte porque ainda é uma história muito confusa... alguns livros indicam que D. Blanca foi decapitada ao mando do Rei... outros apenas citam que ela foi abandonada por ele e devolvida a sua família na França por ele ter assumido seu amor por Maria de Padilha.

Maria de Padilha de Castela, depois do sumiço de D. Blanca passou a viver com o Rei em seu castelo em Sevilha, palácio que foi construído e presenteado a Maria de Padilha pelo seu amado rei de Castela.

Maria Padilha deu quatro filhos ao rei de Castela sendo que o primogênito morreu em idade tenra.

Ao contrario do que conta muitas histórias publicadas desta grande personagem, Maria Padilha morreu antes do Rei de Castela e este fez seu velório e enterro como de uma grande rainha, fez com que seu súditos beijassem as mãos do corpo falecido por peste negra e a enterrou nos jardins de seu castelo.

O Rei anunciou ao sei reinado que havia casado com D. Maria Padilha as escondidas e que queria que seu filhos com ela fossem reconhecidos como herdeiros do trono e que a imagem de Maria Padilha diante do povo fosse de uma Grande Rainha.

Um ano mais tarde o rei veio a casar-se de novo, mais nunca escondeu que o grande amor de sua vida tinha sido D. Maria Padilha, os contadores contavam que o feitiço lançado ao rei pela poderosa Padilha seria eterno!

Alguns anos depois o Rei de Castela veio a falecer pelas mão de seu meio irmão bastardo que acabou assumindo o seu posto de Rei de Castela... o corpo do rei deposto foi enterrado a frente da sepultura de sua Amada Rainha Padilha, onde foram construídos duas estátuas uma em frente a outra, para que mesmo na eternidade os amados nunca deixassem de olhar um pelo outro.

Dizem que a entidade de Maria Padilha, na sua primeira aparição, foi em uma mulata no tempo da corte de D.Pedro II no Brasil , onde esta mulata em um sessão da Catimbó... recebeu uma entidade muito feiticeira e faceira que se apresentou com D. Rainha Maria Padilha de Castela e contou a sua história e que depois dela outras Padilhas viriam para fazer parte da sua quadrilha.

Dizem que depois desta anunciação de D. Maria Padilha, ela só voltou mais uma ou duas vezes e que não mais chegaria na terra por sua missão presente estar cumprida, mais que por castigo de Jesus e por mando do Rei das Encruzilhadas ela ainda permaneceria na terra e confins, comandando a sua quadrilha de mulheres e exus para todos os tipos de trabalhos... Depois disto, nunca mais ninguém voltou a ver ou assistir a curimba desta poderosa entidade rainha das giras. Há muitos pais de santo e estudiosos que dizem que D. Rainha da Sete Encruzilhada é D. Maria Padilha de Castela, por ter sido ela eleita a Rainha de todas as giras, mais esta desconfiança, ainda não foi esclarecida, nem pelas próprias identidades que trabalham com D. Rainha das Sete Encruzilhadas. Esta desconfiança gerou porque D. Padilha de Castela se titulava Rainha e sempre saudava as sete encruzilhadas, onde morava o seu rei e de onde ela reinava.

"Sou guerreira, bonita e maliciosa... Minha coroa vem de Nazaré! Eu saúdo a Jesus Cristo pois ele é quem me deu o meu trono de fé! dizem que sou mulher de Belzebu, este nem mesmo sei quem é! Sou mulher de quem me de respeito e companheira de Exu Rei e Cipriano e também Exu Tararé!"

Maria Padilha das Sete Encruzilhadas

Uma breve história

Núbia estava satisfeita e feliz. Depois de uma misteriosa doença, sua prima, a rainha Velma, havia sucumbido. E ela sabia do que se tratava, fora ela quem, diariamente, pingara gotas de um poderoso veneno nas refeições da soberana.

O caso amoroso que mantinha com o rei Alberto finalmente teria um final feliz. Para ela, claro! Mal pode conter a alegria quando foi notificada da morte da prima. Fez um tremendo esforço para derramar algumas lágrimas durante o féretro, porém seus pensamentos fervilhavam, imaginava os detalhes de sua coroação. Havia o período de luto de no mínimo três meses, mas isso era de menos,

Alberto estava totalmente apaixonado e faria de tudo para casar-se com ela o mais rápido possível.

Aí sim, a glória e o poder que sempre foram daquela tonta seriam dela para frente. Várias vezes tivera que cobrir o rosto com seu lenço negro para que ninguém percebesse o sorriso de satisfação que aflorava em seus lábios.

Terminadas as exéquias, Núbia procurou pelo amante para dizer-lhe que estava pronta para ser sua nova mulher, esperariam o luto oficial e poderiam começar os preparativos para o casamento e coroação.

A reação de Alberto fez seu coração gelar:

- Núbia foi você que matou minha mulher?
Negou peremptoriamente.

Ela jamais teria coragem de fazer qualquer mal à sua prima, mesmo amando seu marido, pelo contrário, perdera noites de sono para permanecer à cabeceira da doente. Como podia ele pensar isso dela?

- Núbia!
- Alberto estava gritando
- A casa tem criados, será que você é tão imbecil que não percebe que eu descobriria?
O desespero tomou conta da mulher, sentiu que a situação havia fugido de seu controle. Jogou-se aos pés do homem implorando perdão:

- Eu te amo demais, não agüentava mais ficar longe de você!
As lágrimas corriam livremente.

- Ela não te amava, sou eu que o amo!
Sem pestanejar, Alberto chamou pelos guardas palacianos e mandou que a levassem a ferros para o porão do castelo onde ficaria até que ele decidisse o que fazer.

Durante três anos permaneceu presa. Chorava muito e amaldiçoava a todos. O pior, porém era o fantasma de Velma que todas as noites a visitava. A imagem da rainha surgia ricamente vestida e a olhava com piedade balançando a cabeça em sinal de desaprovação.

Nesses momentos os gritos que dava ecoavam pelos corredores do palácio. Da bela e arrogante mulher, nada mais restava. Tornara-se um trapo humano.

Um dia veio o golpe fatal. A criada que lhe trazia as refeições informou-lhe que o rei havia anunciado seu casamento com uma jovem duquesa.

As horas que se seguiram a essa descoberta foram de horror, a imagem da rainha falecida permaneceu sentada no fundo do cubículo e não desviava o olhar tristonho de acusação.

Num acesso de fúria avançou sobre o espectro.

Debilitada, tropeçou nas próprias vestes e caiu batendo a têmpora na pedra onde Velma estivera sentada.

Seu espírito vagou por anos. Aprendeu muito e descobriu que havia sido rainha em outras encarnações, mas que nunca fora exemplo de bondade ou compaixão.

Como Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, readquiriu o porte majestoso de antigas vivências e segue em busca de evolução. Sempre que está em terra lembra que há muito a aprender, mas que tem muito a ensinar.

Maria Padilha do Cabaré

Ela foi espanhola, foi Rainha dona de castelo e adorava bacalhau, queijos e vinhos, claro que hoje estando evoluída, não mais nessa matéria aceita as oferendas comuns, mas ela é muito fina, sabe bem o que é bom, gosta de jóias, roupas feitas de bons tecidos, adora saia com muitos babados, pois como disse foi espanhola, adora um leque.

Diz a sua história que quando passou pela terra foi dona de um cabaré muito famoso, onde se fez tornar uma mulher marcante na sociedade da época. Amar ? Amou sim, uma vez só e por ter sofrido por um grande amor resolveu não se entregar nunca mais a ninguém. Foi uma mulher bem sucedida e se tornou rica, muito rica… Ela tinha um dom que lhe acompanhava desde menina o dom das cartas o misterioso Futuro no qual ela o adivinhava, este dom vem dos seus antepassados, pois ela vem de uma família Espanhola…

Maria Padilha Rainha do Cabaré, é mais uma das Pombagiras que visam o zelo pelas coisas do coração e do dinheiro.

Falta de Compreensão

Maria Padilha - é uma entidade de luz que trabalha a serviço de Ogum. Viveu à muito tempo atrás na França segundo algumas lendas, e foi dona de uma casa de damas(Cabaré), todos os homens que ela teve, em cada uma das encarnações, num total de sete, estão com ela na espiritualidade. Isso tudo ao menos é o que dizem as lendas. O que entendo é que esses são nomes de guerra e estão longe de revelar os verdadeiros nomes dessas entidades. Além do mais, Maria Padilha é só uma entidade que tem uma falange em evolução. Há uma profecia que conta que no ano 2000, Maria Padilha, a rainha das rainhas vai pisar nos Orixás. Vê se pode! Os Orixás vão reverenciá-la pois a sua missão é de converter o homem que ela ama (Lúcifer, anjo das trevas) para a luz. Veja a que ponto chega a interferencia do sincretismo e bagunças religiosas na Umbanda! Eles vão entrar na casa de Deus ambos de branco. Ela sentará ao lado de Jesus Cristo e ele aos pés de Cristo. Maria Padilha salvará 7000 almas e entregará as chamas do inferno a 7000 almas. Além de irônica, mentirosa e ridícula, essa profecia não passa de engodo e falsas revelações. Seus "Trabalhos" prediletos são na área do amor. Ela adora crianças, adora animais, a vida. Vida é luz.Toda a consulta espiritual que é desenvolvida inicialmente e o andamento de todos os trabalhos são feitos através de Maria Padilha. Mas, essa é a orixa evoluida e tem muitas magas negras se passando por ela ai na Quiumba. Inclusive com pessoas como essas que fizeram essa ridícula profecia.

Livros

Título : Os Conjuros de Maria Padilha
Autor : Maria Helena Farelli

MARIA PADILHA DOS SETE CRUZEIROS DA CALUNGA
França, final do século dezenove. Juliette estava desesperada. Aos dezessete anos, filha de nobres franceses estava prometida em casamento para o jovem Duque D'areaux. Por coisas que somente à vida cabe explicar, havia se apaixonado por um dos cavalariços de sua propriedade. Entregara-se a essa paixão de forma avassaladora o que culminou na gravidez que já atingira a oitava semana. Somente confiara o segredo à velha ama Marie, quase uma segunda mãe que a vira nascer e dela nunca se afastara, que a aconselhou a fugir com Jean, seu amado. Procurado, o rapaz não fugiu à sua obrigação e dispos-se a empreender a fuga. Sairiam a noite levando consigo apenas a ama, que seria muito útil à moça, e os cavalos necessários para os três. Perto da meia-noite, Juliette e Marie esgueiraram-se pelo jardim e dirigiram-se até o ponto em que o jovem as esperava. Rapidamente montaram e partiram. Não esperavam, contudo, que um par de olhos os espreitasse. Era Sophie a filha dos caseiros, extremamente apaixonada por Jean. Percebendo o que se passava, correu até a grande propriedade e alertou aos pais da moça sobre a fuga iminente. Antoine, o pai de Juliette, imediatamente chamou por dois homens de confiança e partiu para a perseguição. Não precisaram procurar por muito tempo. A falta de experiência das mulheres fazia com que a marcha dos fugitivos fosse lenta. Antoine gritou para que parassem. Assustado Jean apressou o galope e o primeiro tiro acertou-o no meio das costas derrubando-o do cavalo. Juliette correu para o amado gritando de desespero quando ouviu o segundo tiro. Olhou para trás, a velha ama jazia caída sobre sua montaria. Sem raciocinar no que fazia puxou a arma de Jean e apontou-a para o próprio pai. - Minha filha, solte essa arma! - assim dizendo aproximava-se dela. Juliette apertou o gatilho e o projétil acertou Antoine em pleno coração. Os homens que o acompanhavam não sabiam o que fazer. Aproveitando esse momento de indecisão a moça correu chorando em total descontrole. Havia uma ponte à alguns metros dali e foi dela que Juliette despediu-se da vida atirando-se na água gelada. A morte foi rápida e nada se pode fazer. Responsável direta por três mortes (a dela, do pai e da criança que trazia no ventre) causou ainda, indiretamente mais duas, a de Jean e da ama. Triste destino aguardava o espírito atormentado da moça. Depois de muito vagar por terrenos negros como a noite e conhecer as mazelas de incontáveis almas perdidas encontrou um grupo de entidades que a encaminhou para a expiação dos males que causara. Tornou-se então uma das falangeiras de Maria Padilha. Hoje em nossos terreiros atende pelo nome de Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga, onde, demonstrando uma educação esmerada e um carinho constante atende seus consulentes sempre com uma palavra de conforto e fé exibindo um sorriso cativante. Salve minha mãe de esquerda!

Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/religion-studies/1709450-hist%C3%B3ria-uma-pomba-gira/#ixzz1VJAhav1P

2 comentários:

  1. Oração para afastar rival urgente
    Pelos poderes de Maria Padilha(C.R)se afastara agora definitivamente de(R.T)E TODAS AS OUTRAS MULHERES,menos de mim(P.A.C)que ele não queira mais vê-laS, nem falar com elas,so comigo(P.A.C)que elas sinta nojo e odio de(C.R)e também não queira mais vê-lo nem falar com ele,so eu, que(C.R)sinta ódio, nojo e não queira mais ver(R.T)E TODAS AS OUTRAS MULHERES nunca mais na sua frente,menos eu(P.A.C)que(C.R)não queira mais saber de(R.T)E TODAS AS OUTRAS MULHERES,menos eu, que ela também não queira mais saber dele,que um não suporte o outro,so eu que(C.R e(R.T)E TODAS AS OUTRAS MULHERES menos eu,não consigam mais nem se falar,com ele, que eles percam o contato definitivamente e que se odeiem para sempre menos eu.Maria Padilha confio no seu poder e tenho certeza que meu pedido foi e sempre será realizado. Agradeço por estar trabalhando para mim e vou divulgar seu nome Maria Padilha em troca de atender o meu pedido de afastar(C.R)de(R.T )E TO!
    DAS AS OUTRAS MULHERES)menos de mim. Peço isso aos poderes de Maria Padilha . QUE ASSIM SEJA, ASSIM SERÁ E ASSIM JÁ É. AMÉM!

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  2. gostaria de saber quem anda ou trabalha com a maria padilha do cemiterio? obg

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